Encerrado temporariamente desde outubro de 2023, o Museu de História Natural de Maputo aproxima-se da reabertura com importantes avanços na sua requalificação. Durante os meses de junho e julho de 2025, o local recebeu diversas missões técnicas que marcam uma fase crucial deste processo.
De 25 de junho a 8 de julho, uma delegação do Departamento de Arquitectura da Universidade Sapienza de Roma esteve em Maputo para acompanhar de perto a execução das obras.
Liderada pelo Prof. Andrea Grimaldi, juntamente com Chiara Rotondi e Roberto Germanò — autores do desenho e adaptação arquitetónica do projeto —, a visita teve como objectivo assegurar que os trabalhos estejam em total alinhamento com a proposta inicialmente concebida.
A presença dos arquitectos nesta fase reforça o compromisso com a qualidade, o rigor técnico e a valorização do património cultural e científico do país.
Enquanto a empresa de construção avança com os acabamentos nas áreas internas e externas do edifício, uma equipa de especialistas trabalha intensamente na restauração dos espécimes, no desenvolvimento dos ambientes cenográficos e na finalização da nova identidade visual do museu.
Trata-se da equipe da Wild Art Project que para além disso deu início à nova etapa de pintura e montagem dos elementos cenográficos.
A intervenção continua a ser realizada em estreita colaboração com os taxidermistas do Museu, que estão a receber formação prática em técnicas especializadas de pintura e acabamento.
O objectivo mantém-se: capacitar a equipa local para que, no futuro, possa garantir a conservação e actualização das exposições de forma autónoma e contínua.
Além das melhorias estruturais e museográficas, a requalificação do Museu de História Natural de Maputo incorpora também avanços significativos em termos de acessibilidade. Foram criadas infraestruturas como uma rampa de acesso e um elevador, que permitirão a circulação de pessoas com deficiência física em todos os níveis do edifício.
Esta componente reforça o compromisso do projeto com a inclusão e garante que o museu seja, de facto, um espaço acessível a todos os públicos.
O projeto de requalificação é financiado pela Agência Italiana de Cooperação para o Desenvolvimento e implementado numa parceria entre a Universidade Sapienza de Roma, a Estação Zoológica Anton Dohrn e a organização WeWorld.





