O Museu de História Natural, unidade adstrita à Universidade Eduardo Mondlane, completou 110 anos da sua existência, no dia 5 de Julho do corrente ano, e as suas celebrações aconteceram nesta Segunda-feira (9/10), momento que contou com a presença de diversas individualidades de distintas áreas de actuação.As actividades comemorativas foram marcadas por apreciação das obras de requalificação do edifício e visita aos painéis expositivos.
Durante a cerimónia, o Reitor da UEM, Prof. Doutor Manuel Guilherme Júnior, disse que o Museu de História Natural representa a excelência do trabalho investigativo da UEM e uma referência mundial na preservação e divulgação da rica biodiversidade e diversidade cultural do país.
“O Museu de História Natural é o espelho de onde queremos chegar enquanto universidade, e é, por isso, que damos o total apoio ao projecto de requalificação em curso, uma aposta que terá como impacto o reforço das funções deste importantíssimo lugar, nomeadamente investigação, expositiva e educação”, disse.
Segundo o Reitor, o Museu é igualmente um exemplo de sucesso em termos de parcerias estratégicas e internacionalização. “Sendo a investigação uma componente que alicerça a Universidade Eduardo Mondlane, o Museu sempre apostou em projectos de investigação com instituições nacionais e internacionais, que têm vindo a contribuir para a produção de conhecimento internacionalmente reconhecido e na criação de instrumentos reguladores e de gestão da área de Conservação da Biodiversidade em Moçambique, um exemplo inequívoco da contribuição da nossa Universidade para o desenvolvimento da sociedade moçambicana e global”.
Referindo-se aos trabalhos de requalificação em curso, disse olhar com muito optimismo, pois passará a ser o Museu mais moderno do país e, acima de tudo, tornar-se-á numa instituição com grande valência na área de investigação, possibilitando acolher mais investigadores das mais diversas áreas do saber, mais visitantes e curiosos, o que irá enaltecer o seu papel educativo, formal e informal, da sociedade.
A Directora do Museu de História Natural, Mestre Lucília Chuquela, sublinhou que as celebrações dos 110 marcam o início de um novo ciclo de vida daquela unidade, com o novo projecto de requalificação que visa responder aos novos conceitos museológicos e museográficos da actualidade. “Como Museu de História Natural que privilegia assuntos de biodiversidade, uma das componentes importante desde novo ciclo é a parte expositiva e o conceito de exposições ecossistémicas, onde cada ecossistema estará ligado aos seus recursos faunísticos reforçando, assim, a consciência ambiental dos visitantes”, disse.
A requalificação do Museu conta com o apoio do Governo da Itália, parceiro que vem apoiando aquela unidade em outras iniciativas.
O Embaixador de Itália em Moçambique, Gianni Bardini, disse que a celebração dos 110 anos do Museu marcam a celebração de um passado glorioso e um futuro brilhante, referindo que a instituição é de grande importância para Moçambique por possuir uma riqueza inestimável e coloca o país no mapa científico mundial.
“A responsabilidade de Moçambique é de continuar a valorizar esta extraordinária instituição e obter do Museu o melhor possível, e vejo no compromisso de restaurar, reabilitar e melhorar tanto a estrutura física bem como o conteúdo do Museu, muitos benefícios, sendo primeiro o científico, porque tem uma grande quantidade de pesquisas que podem ser feitas em colaboração com outras instituições mundiais”, frisou.
Reconheceu que, desde a sua abertura no dia 5 de Julho de 1913 até a data actual, o Museu de História Natural de Maputo “tem dado um contributo fundamental para a educação e divulgação da fauna não só em Moçambique, mas também para os pesquisadores internacionais através das importantíssimas e únicas colecções aqui presentes”.
O Museu de História Natural é uma instituição integrada na Universidade Eduardo Mondlane e que tem como missão a investigação, a conservação e a educação da sociedade sobre o património faunístico de Moçambique. Tem diversas colecções de animais embalsamados como leões, girafas, hipopótamos, rinocerontes, entre outros.
A cerimónia da celebração foi abrilhantada pelo músico Radjha Ali e sua banda e contou com a presença de diversas individualidades, com destaque para os embaixadores da Alemanha, Portugal, Suécia, França e Itália, representante da UNESCO em Moçambique, Director da Agência Italiana de Cooperação para o Desenvolvimento em Moçambique (AICS), directores das Faculdades e Escolas da UEM, directores dos órgãos centrais da instituição, entre outros.